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Os textos aqui utilizados são releituras e/ou partilhas de outros textos e autores. Em alguns casos, tem minha contribuição pessoal. Se está disponibilizado aqui, com muita certeza tem meu olhar e meu acolhimento. Eu aproveito e muito o meu tempo para compartilhar coisas boas e acrescentando algumas coisas.

Outro ponto importante sobre a publicação destes textos é que são para uma auto-reflexão. Ver como o texto nos “toca” e desperta. É um lindo exercício de auto-observação e identificação.

Não são fórmulas de solução ou “receitas” de bolo para a respectiva “dor”. Existem, na nossa diversidade, diversas soluções para as diferentes dores para cada momento de cada um. ;-)

Existirão textos que apontarão para desconfortos maiores interiormente e que por inconsciência iremos projetar para fora. Peço que se observe e se trate o melhor possível. Todos estamos caminhando em nossas jornadas.

Também partimos da base de que não podemos saber o grau de dificuldade que o outro enfrenta ou está em seu momento de vida, nem da profundidade de suas feridas que têm relação ao assunto tratado. Tudo no seu devido tempo. Partimos da base também, que a outra pessoa provavelmente vai demorar a curar seu padrão (igualmente nós nos demoramos com os nossos) e que provavelmente, terá que fazer muitos alinhamentos/trabalhos, sendo mostrado uma e outra vez, quando ela repete seu padrão (sobre esse assunto pode-se chegar a acordos ao final da comunicação). Precisamos lembrar que possivelmente estamos lidando com pontos cegos, tanto da outra pessoa como com os nossos, e que isto leva tempo para ser processado.

Fiquem bem !

Sobre: "Desbloquear o SEU diafragma"

  • Foto do escritor: Alexei Caio
    Alexei Caio
  • 15 de abr. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 24 de jul. de 2022

“Ahhhh eu estou fazendo uma técnica respiratória que “desbloqueia” o diafragma ....”


Hoje o post será sobre meu ponto de vista sobre “Desbloquear o SEU diafragma”

Ok?


No meu trabalho com a técnica Inteligência Emocional Bioflow pude perceber como é entrelaçado todo o mecanismo respiratório e complexo.


Porque entrelaçado e complexo, Alexei?

Porque como foi o ato ou gesto que fizemos no exato momento do nascimento, acaba sendo o movimento, gesto e ato que mais realizamos na nossa vida. Podemos olhar também o “piscar”, o “pulsar” o coração e mais outros “verbos”.


E cada momento que orbitávamos na possibilidade de respirar menos ou mais, construímos mecanismos ou formas de desviar de uma “respiração conectada fácil, inalação com entusiasmo pela nossa vida e uma exalação relaxada e amorosa.”


Apenas com essa parte da frase entre parêntesis já transforma a Sua vida de um lugar caótico, confuso, escuro, solitário, e sem ferramentas para uma experiência bela de se passar, com mais ferramentas, coerente consigo mesmo(a) e com curiosidade pela sua própria Vida. (PS – não as dos outros ;-) )

Cada gesto de inalar e exalar e pausar é gerenciado por alguns músculos que funcionam com mais de uma central de relacionamento. Podemos olhar para o Bulbo em boa parte, em outros momentos podemos olhar para o Cérebro Reptiliano, e em mais outros momentos podemos observar a respiração através do cérebro Neo-Cortex.

E todas estas centrais brincam de comandar os músculos da respiração a cada segundo.

Pergunta de curioso?

Você sabe qual a quantidade de vezes que um adulto médio respira por cada ano de sua vida?

Por volta de 525.600 vezes!!!!

Eu hoje estou com 47 anos de idade, e já devo ter feito o movimento de inalação e exalação por volta de 624.041.356 vezes !!! São mais de 0,5 Bilhão de vezes respirando!!!!

E dentro desta quantidade olhando para os nossos músculos da respiração que músculo acaba se sobressaindo, ou sendo mais visto?

Sim é ele: o Diafragma.

Mas com uma intrínseca rede de relacionamentos e parcerias com outras partes do corpo e músculos: Peitoral, abdômen (para exalação), intercostais, baixo ventre, músculos das costas, .. entre outros com menor percentual, mas importantes a cada inalação e a cada exalação. Basta retirar um deles da equação para ver o problema ou dificuldade que surge para se “respirar”.


Agora sobre o olhar de começar a “resolução” do Seu problema “desbloqueando” o seu principal, maior, mais perceptível músculo da respiração: Diafragma, acaba sendo BEM irresponsável.

Porque Alexei?


Antes de mais nada: você no seu “livre” arbítrio pode escolher o que quiser e fazer tudo para você, ok?


Agora começar a mexer no seu diafragma em primeiro lugar convida todos os demais mecanismos de proteção criados (por você mesmo ao longo de sua vida) a serem ativados, reforçados e aponta na direção completamente oposta de ter uma respiração melhor.

Em primeira instancia sempre haverá uma percepção de melhora com uma piora logo a seguir.

Justamente porque você foi mexer no “ninho” da respiração sem antes ter olhado para os músculos, as couraças musculares construídas por anos a fio (quando não se tinha ferramentas para experiências traumáticas, se respirava menos) ao redor desse ninho.

Em Bioflow pude perceber se na 1ª experiência com o cliente você mexesse em um ponto o cliente rapidamente “fugia” ou se defendia inconscientemente para outro(s) ponto(s):

Exemplo: Cliente inalando debilmente e soltando controladamente, usando apenas o abdômen no processo.


Se eu vou mexer na direção do local onde se respira: abdômen + peito,

possivelmente ele irá inalar mais rápido em muitas vezes mais rápido do que necessário.

E outras infinidades de combinações e assinaturas apenas desse cliente para aquele momento de vida dele (Nós vivemos como respiramos e Respiramos como vivemos a cada momento)


Desta forma com tudo isso explicado, quando escuto alguém falar que está fazendo uma técnica que “debloqueia o Diafragma”, a primeira pergunta que me veem é: em que momento de vida ele está, ele já trabalhou ou olhou para os demais componentes do mecanismo respiratório dele, ele tem inteligência emocional para se observar emocionalmente? .... e mais algumas outras.

Ao tocar neste “ninho” indiscriminadamente você estará apenas reforçando todo o sistema de defesa dele de uma forma inconsciente: Respirar mais rápido, segurar a exalação, usar ou preterir mais uma parte do corpo do que as demais feitas para se respirar, e isso apenas para começar a justificativa de outra quantidade de defesa que pode haver para cada cliente que tem “seu diafragma desbloqueado”.

O mesmo mecanismo de defesa que ele vem utilizando, no seu sistema de vida, por anos a fio.

Com a regra: vou respirar menos para sentir menos OU vou respirar muito para sentir tudo isso de uma forma cega, descontrolada, inconsciente.


Assim:

Começar a comer pelas beiradas e lá no final, bem depois de já ter “arrumado” ou melhorado as couraças musculares, os distúrbios respiratórios pode-se olhar para esse principal, gigante e importante músculo da respiração: o seu diafragma!


Antes disso é irresponsável e danoso a longo prazo. A curto prazo é lindo e maravilhoso, mas .... depende de quem e em qual o momento está passando.

Quando o desespero bate à porta, mordemos o que estiver ao alcance.


Para refletir um pouco

Alexei Caio




 
 
 

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