EXPLANAÇÃO SOBRE BIOFLOW® PARA LEIGOS
- Alexei Caio
- 25 de jun. de 2024
- 7 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2024
Para um leigo a respeito do tema: terapêutica respiratória - Bioflow®.
Com formação acadêmica superior;
Resumão:
Responder de forma simples e direta não é tão fácil, pois para entender com todos os sentidos o que é Bioflow®, é preciso experimentar.
A partir da experiência prática, fica mais fácil.
Dito isso, Bioflow® pode ser definido como um método que trabalha com dois pilares principais: consciências e respiração.
Na esfera das consciências, falamos de desenvolver principalmente 5 consciências: corporal, emocional, mental, espiritual e respiração.
Utilizamos várias ferramentas para ampliar cada uma destas consciências.
Estar focado no aqui e agora é somente parte do trabalho.
No pilar da respiração, vamos buscar desbloquear o mecanismo respiratório, buscando uma respiração mais fisiológica e próxima a respiração de um bebê quando nasce.
Uma respiração utilizando todo o mecanismo respiratório de forma mais livre e conectada. Respirar melhor traz muitos benefícios físicos e emocionais.
Para trabalhar esse desbloqueio, fazemos sessões de respiração, utilizando a respiração circular, de forma conectada, amorosa e não catártica.
Importante ressaltar que esse trabalho é feito respeitando o ritmo e a velocidade de cada um.
Hoje temos muitos médicos que trabalham com medicina integrativa, nova medicina germânica, antroposofia e outras linhas que atestam os benefícios de Bioflow.
Entrando em mais detalhes:
Falando do pilar das consciências: buscamos aqui resgatar o que sabíamos e fomos esquecendo ao longo do tempo. Nosso corpo é um mapa que nos mostra precisamente tudo que está acontecendo conosco. Dores, tensões e doenças se manifestam a partir dele. Por isso desenvolver consciência corporal é o começo do trabalho.
Muitas pessoas foram se acostumando a ignorar o corpo e hoje não conseguem mais sentir. Se não sentimos o nosso corpo, também ignoramos nossas emoções. Para poder “fingir” para nós mesmos que não sentimos nada, alteramos nossa respiração, inibindo todo o mecanismo respiratório e “contamos mentiras” para nós mesmos e passamos a acreditar no que nossa mente diz. Ao final disso tudo, não sabemos quem somos, o nosso propósito e o que nos faz feliz. Trabalhar as 5 consciências é fazer o caminho de volta para quem nós verdadeiramente somos.
Falando do pilar de respiração
No contexto de técnicas respiratórias existem muitas e cada uma ou algumas fazem parte de “camadas” de soluções, descobertas, aprofundamentos, e soluções paliativas para o momento de cada um.
Eu gosto de comparar ao relevo marinho: Praia, areia; pés na marola, joelho na água, água no umbigo, local da arrebentação – surf, mergulho com snorkeling, mergulho com equipamentos, submarinos e fossas abissais marianas (local medido e conhecido mais profundo do mundo – 11.000m).
Existem técnicas respiratórias que te levam a praia com o propósito de ficar na praia apenas, outras que te levam ate a zona de arrebentação.
A terapêutica com que trabalho te “leva” ate as fossas marianas com consciência, luz e te traz de volta. ;-)
Lembrando que quem leva ate onde você consegue é você mesmo(a), e quem te traz é você mesmo(a).
Sem vínculos de dependência ou abuso, como vejo em inúmeras outras técnicas terapêuticas.
O que nesse contexto gosto de observar é a curiosidade e o desejo de se conhecer mais.
Você foi ate a praia e vai se contentar apenas em olhar o mar com os pés na areia?
E cada um pode responder a essa pergunta.
Eu, pelo menos, quero mais!
A técnica com a qual trabalhamos se chama "Bioflow®" e foi o nome moderno registrado em 2018 a partir de um longo caminho de pesquisa em cima da técnica chamada de renascimento (datada de 1960).
O trabalho com Bioflow® é muito sutil e tem foco em dois pontos iniciais: Couraças musculares (W. Reich) e distúrbios respiratórios sempre com consciência sobre si mesmo(a).
Quando olho através da lente de Bioflow®, a respiração ou o ato de respirar é muito mais do que apenas "respirar".
É inalar, exalar, realizar micro ou macro pausas apos cada uma destas, inalar mais em alguma parte do corpo responsável pela inalação, começar a inalar um pouco mais em outra parte que há muito tempo não é usada para “inalar”.
Comparando com as referências passadas:
Estado de presença: faz parte do processo, mas não é tudo. Estar presente e consciente para perceber o que se passa conosco em todas as consciências e conseguir fazer escolhas mais assertivas para nossa vida.
Respiração controlada, com tempo de inspiração e expiração: a respiração que utilizamos em uma sessão é exatamente o contrário. Ela busca nos conectar ao fluxo da vida de uma maneira mais leve e natural e remover os bloqueios que aparecem nesse caminho.
Existem alguns caminhos que nos permitem guiar no conjunto possível de respostas conforme a tua percepção.
Foram trazidas algumas peças do quebra-cabeças imenso que pode ser a “terapêutica respiratória”.
“Comparado” com técnicas de “presença”
O estado de presença pode ser visto (entrar nessa sala), a partir de muitos olhares: Mindfullness, praticas meditativas, artes marciais, escolas de sabedoria e tradição perene, yoga, ..... e mais um montão de vieses.
A presença funciona como uma "bonita" consequência em se colocar atenção em sua própria "respiração" com uma certa qualidade. Elas se retroalimentam, trazem determinados benefícios e “distúrbios” pela prática constante e “errônea”.
Aqui a percepção de “errônea” acontece ou se dá apenas quando se tem alguma outra técnica quando comparada, que te leva para um lugar “melhor”.
Enquanto não existe … será sua boia salva vidas do teu momento. ;-)
Respirar em tempos definidos...
Há também um outro "lugar" sobre a parte técnica e operacional de quando se dedica "atenção" a sua própria "respiração".
Como durante a pandemia surgiram inúmeros fake gurus respiratórios por ai, a profusão de achometros, percepções particulares e necessidades de atenção veiculando informações, praticas bem distorcidas a respeito da "respiração" foi exponencial.
O que esse fake gurus respiratórios geraram, criaram e fizeram – suas consequências?
Lembra que comentei sobre um quebra cabeças quando se trata do assunto "respirar"? Esse é um grande quebra cabeças, principalmente por qual viés se deseja comentar ou assistir.
Para quem está morrendo no leito de um hospital não oxigenando, respirar com qualidade passa a ser sua prioridade zero.
Para aquele que acabou de tomar uma fechada de alguma moto na rua, respirar não tem nenhuma importância já que foi "sequestrado(a)" pelo evento!
Ou para outras dinâmicas do dia-a-dia ao longo das 24h, 30dias, 365dias!
O meu trabalho com a "respiração" de cada um, no seu respectivo momento é auto-regular para uma base conhecida e segura, e a partir desse "lugar": Eu estou consciente da minha respiração : Inalação e exalação : conectada, relaxada, com entusiasmo, .... Viver a vida nos seus desafios, com todas as oscilações e margens de gerencia, limites e prazeres.
Enfim, viver, passa totalmente por uma boa e nutritiva inalação.
Que tal?
Para explicar logo de imediato sobre o meu trabalho, que é muito sutil e profundo, preciso antes de mais nada saber como você tem guardado(a) ou sabe e pratica a respeito do tema!
Ai surgem estas explicações e eventualmente ajustes. Dependera de onde você está a respeito do tema.
- E me conte mais: você estava respirando conscientemente ou inconscientemente, enquanto lia sobre?
- Sim, estava!
Legal que bom! Já que existem demandas externas que nos fazer parar de respirar sem que percebamos!
A pergunta logo a seguir é: onde você estava respirando mais e onde menos?
Pelo nariz ou pela boca?
Mais no peito ou mais na barriga? Tuas intercostais estavam fazendo parte dessa respiração que você percebeu?
Isso na área da Biomecânica!
Depois entramos na área "emocional" ou de elementos aplicados para cada ato: Inalar e exalar e segurar o ar dentro ou não inalar e ficar em apneia apos a exalação!
Esse vínculo é mais “difícil” de associar: respiração e emoções ou não respirar para não sentir algo.
E poucos tem isso consciente!
Já que responder que estava respirando será a coisa mais fácil, obvia e inconsciente que você pode me responder.
A pergunta nesse contexto pede, convida a uma resposta mais profunda, não apenas com uma presença mínima do neocortex, mas com algo que pede tempo, percepção e constatação sobre o seu respirar. Não apenas o básico. Já que você na sua mente, ainda estando viv0(a), por consequência estará respirando.
Um pouco do meu trabalho e da consciência sobre "apenas respirar".
E cada um ira pendular entre hiperventilar em lugares no corpo, e entrar em apneia, passando por um tipo de respiração inconsciente ou consciente, isso a cada momento da vida! Demanda ou estímulo pessoal.
Nesse contexto adoro entrar na seguinte tópica: Não adianta criar uma "técnica" solução para um grupo, ou divulgar para o planeta receitas de bolo.
Cada um é tão super particular na assinatura respiratória no respectivo momento e reage pessoalmente aos estímulos.
É claro para mim que esta afirmação acima é muito valida e real na profundidade que deseja trabalhar com a sua “respiração”.
Caso queira apenas olhar o mar de longe e nem molhar os pés, talvez uma técnica respiratória do tipo receita de bolo, que não é personalizada e sim apenas repetível, lhe sirva.
Aqui surge o cuidado de não ficar “preso(a)” a receita achando que vai ser a mesma para tudo e todos a qualquer momento.
Se escolheu mergulhar mais fundo, o ideal que se livre de “receitas de bolo” e não repita os padrões “aprendidos” em outras profundidades.
Mas se não ira mergulhar, e olhar o mar será o teu máximo desta experiencia, receitas de bolo talvez sejam o melhor para você, para teu momento de vida.
E retorna para seu automático, com o menor gasto de energia disponível possível. (As vezes nem tem essa energia disponível para aplicar).
O contexto dentro da respiração consciente, não é usar o automático como “desculpa” para não ver, e sim se auto regular em um “lugar” seguro e conhecido, que também ira gastar menos energia, mas não pela escassez e sim pelo relaxamento e segurança.
Eis uma pequena explicação do meu trabalho com terapêutica respiratória.
Serei um Guia orientativo profissional e formado na técnica que permite começar molhando os pés e ir avançado cada vez mais até o mar profundo.
Vamos?
Alexei Caio
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