Respiração e Emoção. Tão perto, mas Tão longe.
- Alexei Caio
- 28 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de ago. de 2020
Cada vez que respiro um pouco menos, eu escolho de alguma forma inconsciente sentir menos.
1 OBS: Convido a todos que estiverem por aqui a se perceberem se estão respirando ou não enquanto nós estivermos falando aqui.
É um convite, já que estaremos próximos do tema abordado aqui.
E ao se perceberem não respirando, convido a voltar a respirar. ;-)
2 OBS: Não responderei perguntas específicas aqui. Entre em contato comigo em particular e conversamos. O trabalho é sempre muito particular e específico. Se há ansiedade no ar, respire e solte o ar. Melhor remédio para o Aqui Agora não há.
O que vocês acham ou sentem ou percebem? Sobre o tema.
Elas se relacionam? SIM X NÃO
É comum faz sentido? SIM X NÃO
Vou dar um exemplo que pode ser de comum acordo com a maioria:
Experimentem:
1. Você esta na praia, deitado numa rede, bem confortável.
Como seria a tua respiração (inalação e exalação) neste lugar?
Grande, gostoso, relaxada, solta
2. Agora você esta num lugar frio, escuro, com grito de pessoas.
Como estaria sua respiração nesse lugar?
Tensa, apertada, curta, muito controlada.
Se falamos de respiração – o ato, o movimento de respirar.
São compostos de dois outros verbos principais:
Inalar e Exalar;
Por isso que quando falo de respiração eu caminho para sintetizar ou resumir muito mais do que aparenta ser;
O que eu quero dizer com isso?
Minha respiração esta boa (no 1 exemplo);
Para você falar que tua respiração esta boa, você no somatório geral (da inalação e da exalação) fica melhor do que antes.
Da mesma forma que quando estamos num lugar lindo, gostoso, tranquilo, nossa respiração tendência a ficar: tranquila, gostosa , prazeirosa !
E vamos no outro exemplo:
Lugar frio, escuro, tenso, com pessoas gritando ....
Nossa respiração ficará mais curta, mais rápida, mais “tensa” .... justamente para diminuir a sensação que o lugar esta te passando.
Isso fazendo 1 única vez, é tranquilo, e conscientemente – OK !
Mas como seria repetir isso a vida toda?
Quantas vezes respiramos até hoje?
Eu 45 anos == 608 Milhões de vezes
Em cada vez que respiro: Inalo e exalo, dependendo da minha percepção do ambiente, vou respirar menos, para sentir menos alguma coisa.
E é uma “dança” de acordo com as solicitações do dia-a-dia, com nossa realidade, cada um de nós vai dançando buscando um “equilíbrio” interno.
Baseado numa experiência passada: deu certo lá atrás, então vou repetir.
Lá atrás você respirou menos para sentir menos alguma coisa que você não tinha ferramentas ou habilidades de gerenciar emocionalmente o que aconteceu.
E hoje, você acha que você tem disponível no teu repertório um pouco mais de ferramentas para “olhar” para algo parecido?
Na grande maioria das vezes sim, e o melhor com mais consciência.
E é assim que começamos os trabalhos:
Com mais consciência,
com mais responsabilidade emocional,
se auto-observando com tranquilidade.
E devagarinho (Na técnica de IE Bioflow), identificando os distúrbios respiratórios criados para sentir menos.
E depois de identificar e ajustar/diminuir e solucioná-los ir pouco a pouco de uma forma sutil, amorosa e profunda indo relaxando as couraças musculares construídas.
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Couraças são mecanismos de proteção necessários para a integridade do ego ou da vida.
Trabalhamos para atenuar a utilização de soluções anacrônicas (que não obedece a sucessão normal do tempo), de recursos defensivos e protetores que foram fundamentais num determinado momento da vida do sujeito, geralmente em sua infância, quando seu ego era mais frágil, mas que atualmente poderia/pode ter sido superados, mas ainda restringem a vida da pessoa.
No geral, as couraças apresentam as seguintes funções:
· Diminuem a vitalidade: respirando menos, sentimos menos.
· Limitam a mobilidade e a motilidade, levando a um agir e sentir controlado através da diminuição e contenção das reações emocionais no corpo.
· Estruturando o pensamento: crenças internas que reforçam as defesas: “Eu não mereço”, “eu não pertenço a este mundo”, “eu não confio em você”.
· Estruturando a percepção: não percebo em mim o que não posso sentir. “Isto não é meu, é dele”; projeção.
As couraças levam a uma restrição motora, sensorial e emocional. A restrição sensorial leva diretamente a uma restrição perceptiva.
Como diz Reich: “o organismo pode sentir somente o que ele por si mesmo expressa”. Não podemos perceber o que não podemos sentir e expressar em nós mesmos, ou, se percebemos, não conseguimos compreender. Quando calamos uma voz dentro de nós, temos dificuldade em ouvir esta voz vindo de outra pessoa.
Assim a couraça vai construindo um campo de coisas percebidas pela pessoa, organizando valores, um jeito de ser e responder às situações, e principalmente, uma visão de mundo.
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