O Mestre
- Alexei Caio
- 18 de out. de 2019
- 3 min de leitura

Há apenas uma coisa que você pode fazer: respeitar os seus sentimentos. Porque respeitá-los significa respeitar o seu Eu.
E você deve amar ao próximo como ama a si mesmo. Como pode esperar compreender e respeitar os sentimentos do próximo se não respeita (sente com consciência, sem drama!) os seus?
A primeira pergunta em qualquer processo interativo com outra pessoa é:
Quem Eu Sou agora, e Quem Desejo Ser, em relação a isso?
Frequentemente você só se lembra de Quem É e de Quem Deseja Ser quando experimenta alguns modos de ser.
É por este motivo que é tão importante respeitar os seus sentimentos mais verdadeiros.
Se o seu primeiro sentimento é negativo, simplesmente tê-lo é com frequência tudo que é preciso para evitá-lo.
É quando você tem aversão, raiva, revolta e vontade de querer "dar o troco" que pode repudiar esses primeiros sentimentos por "não corresponderem a Quem Deseja Ser".
Ao meu ver:
O Mestre é aquele que já passou por tantas experiências (a vida, tempo de qualidade vivendo as experiências!!!!) e aprendeu, tirou suas conclusões, desse tipo que sabe antecipadamente quais serão as suas escolhas finais (se aprendeu algo com estas).
O que garante que houve aprendizado?
Estado de Presença na experiência?
Não precisa "experimentar" coisa alguma. Já viu esse filme e não gostou. E como a vida de um Mestre é dedicada à constante realização do Eu como o conhece, nunca teria esses sentimentos.
É por esse motivo que os Mestres mantêm a calma diante do que os outros poderiam chamar de calamidade.
O Mestre bendiz a calamidade, porque sabe que das sementes do desastre (e de todas as experiências) vem o crescimento do Eu.
E o segundo objetivo da vida do Mestre é sempre o crescimento. Porque quando uma pessoa se realiza plenamente, não lhe resta outra alternativa além de ser mais ainda ela mesma.
É nesse estágio que a pessoa passa do trabalho da alma para o trabalho de Deus, porque é isso que Eu sou capaz de fazer!
Eu presumirei pelos objetivos desta discussão que você ainda está realizando o trabalho da alma, tentando tornar “real” Quem Realmente É.
A vida lhe dará (Eu lhe darei) muitas oportunidades de criar-se (lembre-se de que a vida não é um processo de descoberta, mas de criação).
Você pode criar repetidamente Quem É. De fato, o faz todos os dias. Contudo, do modo como a situação está agora, nem sempre tem a mesma reação.
Se passar pela mesma experiência externa, um dia você pode escolher ser paciente, amoroso e gentil, e no outro ficar mal-humorado e triste.
O Mestre é aquele que sempre tem a mesma reação – e essa reação é sempre a melhor escolha.
Nisso o Mestre é totalmente previsível. O discípulo, ao contrário, é totalmente imprevisível.
O discípulo ainda esta construindo/vivendo seu conjunto de experiências até um instante que começa a validar em si mesmo repetições de reações e em última instância a mesma reação (gasta menos energia, está mais experiente). E por fim a mesma reação uma e outra vez é a melhor escolha dele. A partir dai que o aprendiz/discípulo ganha ou incorpora o seu conhecimento através da prática/experiência e com isso ....
Pode-se dizer como alguém esta se saindo no caminho para a maestria observando o quão previsível faz a melhor escolha reagindo a qualquer situação.
É claro que isso leva à pergunta: Qual a melhor escolha?
Eis uma pergunta que foi feita por filósofos e teólogos desde o início dos tempos. Se você deseja realmente saber a resposta, já esta a caminho da maestria. Porque ainda é verdade que a maioria das pessoas continua a se fazer outra pergunta. Não “qual a melhor escolha? “, mas “qual é mais vantajosa? “ou “como posso perder menos?”
Conversando com Deus
Neale Donald Walsh
Pag 141.
Cap 08.
e algumas das minhas observações ;-)
Comments