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Os textos aqui utilizados são releituras e/ou partilhas de outros textos e autores. Em alguns casos, tem minha contribuição pessoal. Se está disponibilizado aqui, com muita certeza tem meu olhar e meu acolhimento. Eu aproveito e muito o meu tempo para compartilhar coisas boas e acrescentando algumas coisas.

Outro ponto importante sobre a publicação destes textos é que são para uma auto-reflexão. Ver como o texto nos “toca” e desperta. É um lindo exercício de auto-observação e identificação.

Não são fórmulas de solução ou “receitas” de bolo para a respectiva “dor”. Existem, na nossa diversidade, diversas soluções para as diferentes dores para cada momento de cada um. ;-)

Existirão textos que apontarão para desconfortos maiores interiormente e que por inconsciência iremos projetar para fora. Peço que se observe e se trate o melhor possível. Todos estamos caminhando em nossas jornadas.

Também partimos da base de que não podemos saber o grau de dificuldade que o outro enfrenta ou está em seu momento de vida, nem da profundidade de suas feridas que têm relação ao assunto tratado. Tudo no seu devido tempo. Partimos da base também, que a outra pessoa provavelmente vai demorar a curar seu padrão (igualmente nós nos demoramos com os nossos) e que provavelmente, terá que fazer muitos alinhamentos/trabalhos, sendo mostrado uma e outra vez, quando ela repete seu padrão (sobre esse assunto pode-se chegar a acordos ao final da comunicação). Precisamos lembrar que possivelmente estamos lidando com pontos cegos, tanto da outra pessoa como com os nossos, e que isto leva tempo para ser processado.

Fiquem bem !

“Ele era simplesmente forte demais para compreender a suavidade que algumas técnicas requerem.”

  • Foto do escritor: Alexei Caio
    Alexei Caio
  • 17 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Reza a lenda que em certo momento, um dos rivais de Musashi – Yoshioka – desafiou o mestre Yagyu Munenori.


O velho mestre lutou incontáveis batalhas, chegando a ganhar o respeito do líder Tokugawa, recebendo honras a toda sua família, que passaram a servir o Shogun (Líder militar do Japão) como professores na arte da guerra.

Yagyu, no entanto, não tendo mais o que provar ao mundo, se aposentou e ignorava todo e qualquer desafio.


No dia em que Musashi entrava em uma taverna, um serviçal de Yagyu estava entregando uma caixa com uma flor para Yoshioka, dizendo que o velho mestre não iria comparecer ao duelo por estar com uma gripe.


A flor, entregue como forma de sinceridade e respeito foi arremessada ao chão pelo samurai Yoshioka, que o chamava de velho covarde enquanto ria do gesto educado de Yagyu.


Musashi pegou a flor, que não aparentava ter nada demais, no entanto, com seus olhos extremamente treinados por anos como guerreiro, reparou no tipo de corte que fora feito no caule da flor: Um corte liso e perfeito que aparentemente fora feito com uma espada e não com um cortador de flores ou faca.


Apenas um verdadeiro mestre seria capaz de tal feito.


Musashi tentou fazer um corte igual, mas não importava o quanto tentasse, seu corte saia sempre serrilhado, nunca liso e perfeito igual ao de Yagyu.


Musashi então fez um corte similar em uma flor e enviou ao mestre, como convite para conhecê-lo.


Musashi foi ao encontro do mestre e ao conhecê-lo perguntou porque, apesar de ele ser um guerreiro experiente, com diversas batalhas vencidas, não conseguia um corte perfeito como o seu.


Yagyu, analisando Musashi, apenas disse: “Seja mais fraco”.


Miyamoto Musashi passou muito tempo sem entender o que aquilo queria dizer. Segundo o que dizem sobre Musashi, ele era muito agressivo e determinado. Mas a determinação de Musashi beirava a insanidade. Ele apenas treinava e lutava, sem pensar em mais nada. Segundo o mestre Yagyu, essa força excessiva de Musashi era também sua maior fraqueza.

“Ele era simplesmente forte demais para compreender a suavidade que algumas técnicas requerem.”

Musashi finalmente compreendeu isso quando decidiu relaxar em um bar. Aliviar seu stress e sua mente. Aproveitou a noite, sem preocupações. No outro dia pela manhã, tentou fazer um corte igual ao de Yagyu e para sua surpresa, conseguiu.

A partir deste momento, Musashi tornou-se um mestre, pois entendeu o que os antigos sabem a muito tempo: o equilíbrio é tudo na vida.

Este é o motivo de Musashi ser tão popular:

Sua profundidade como personagem.

Ele é símbolo de crescimento físico e mental.





 
 
 

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