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Os textos aqui utilizados são releituras e/ou partilhas de outros textos e autores. Em alguns casos, tem minha contribuição pessoal. Se está disponibilizado aqui, com muita certeza tem meu olhar e meu acolhimento. Eu aproveito e muito o meu tempo para compartilhar coisas boas e acrescentando algumas coisas.

Outro ponto importante sobre a publicação destes textos é que são para uma auto-reflexão. Ver como o texto nos “toca” e desperta. É um lindo exercício de auto-observação e identificação.

Não são fórmulas de solução ou “receitas” de bolo para a respectiva “dor”. Existem, na nossa diversidade, diversas soluções para as diferentes dores para cada momento de cada um. ;-)

Existirão textos que apontarão para desconfortos maiores interiormente e que por inconsciência iremos projetar para fora. Peço que se observe e se trate o melhor possível. Todos estamos caminhando em nossas jornadas.

Também partimos da base de que não podemos saber o grau de dificuldade que o outro enfrenta ou está em seu momento de vida, nem da profundidade de suas feridas que têm relação ao assunto tratado. Tudo no seu devido tempo. Partimos da base também, que a outra pessoa provavelmente vai demorar a curar seu padrão (igualmente nós nos demoramos com os nossos) e que provavelmente, terá que fazer muitos alinhamentos/trabalhos, sendo mostrado uma e outra vez, quando ela repete seu padrão (sobre esse assunto pode-se chegar a acordos ao final da comunicação). Precisamos lembrar que possivelmente estamos lidando com pontos cegos, tanto da outra pessoa como com os nossos, e que isto leva tempo para ser processado.

Fiquem bem !

A taça e o vinho

  • Foto do escritor: Alexei Caio
    Alexei Caio
  • 16 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Havia sim no começo dos tempos um vinho tão sutil e tão magnífico que não somente os humanos bem como os anjos e seres celestiais ansiavam, aspiravam em sorvê-lo. Sentir o embriagar deste vinho era e continua sendo o desejo de busca e luta destes, mais humanos do que os demais.

Para receber este vinho, uma taça foi criada, fundida. Cristalizada a fogo, e lindamente ornamentada no mais transparente cristal, surgida do fogo purificador e da matéria colhida na permissão da natureza.

Na presença desta taça, o vinho se avermelha, enrub

esce, solta o mais sutil perfume, reflete a face de quem a contempla. Nada como um ser feito plenamente ao outro. A potência de existir na presença um do outro é inegável, um existe enquanto o outro aspira a existência, Um acolhe a não-forma do outro.

É uma música a ser escutada por poucos ou por aqueles que podem e querem escutar.

E assim foi feito no começo dos tempos, a taça recebia toda a potência desse Vinho, acolhia sua vontade desesperada de fluir, e guardava num átimo de tempo um pouco do seu aroma e sua cor. E o vinho descansava seu desespero aqui.

Quando o começo dos tempos se foi, a taça recebia outros líquidos, outros intrusos que não valiam a sua existência.

Sua criação foi diminuída, quase esquecida. Com saudade do sussurro, do rubro, do perfume.

E é essa saudade do reconhecimento da taça magnificamente fundida somente para, e do vinho sutil, fermentado, colhido que cria essa dor. Desesperador, saber que um dia foi e que hoje somente a saudade recobra a possível lembrança dessa união.

E com a graça de algo maior, a lembrança diminui a distância, cria trilhas nessa saudade que sim merece ser atendida.

E a taça lá existente para outros, anseia ser completa, pelo vinho sutil, que um dia já o fez, e que a cada novo amanhecer, deixa inevitável essa união, esse reencontro." AAC

 
 
 

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2022 - 2023 por AlexeiCaio ©

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